terça-feira, 17 de abril de 2012

1817 a 2012 Os antepassados e a historia do Brasil .







“Dos velhos sangues provinciais herdei, com efeito, o duplo destino da política e das letras. Não o escolhi, senão que o encontrei aberto diante de mim” 2012.


- Dr. Manuel de Melo Franco meu trisavô  e quem eu acho muito parecido comigo ( Ana Amelia ), nascido em Paracatu a 31 de janeiro de 1812 e falecido a 03 de novembro de 1871 no Rio de Janeiro. Advogado, médico formado na Universidade de Montpellier, França, foi um dos líderes do Movimento Liberal em Minas gerais em 1842, deputado provincial e geral do Império.

- José Cesário de Faria Alvim(bisavô por avó paterna) :Nasceu no arraial de Pinheiro, distrito de Mariana, em 1839. Foi proprietário da Fazenda Liberdade em Ubá e grande produtor de café. Foi presidente da província do Rio de Janeiro durante a monarquia. Colaborou na construção da Matriz de São Januário em Ubá. Foi também advogado, economista, jornalista, deputado e senador. No final do século XIX aderiu ao Partido Republicano, tendo exercido dois mandatos como governador de Minas Gerais e ocupado o cargo de ministro do interior no governo de Deodoro da Fonseca. Responsável pela construção do Torreão, um dos bens imóveis tombados de Ubá. Faleceu em 1903.

- Tio Bisavo ,Afonso Arinos de Mello Franco advogado politico MG
10.7.1.1 – Afonso Arinos de Melo Franco, nascido em 1868, autor de vários contos e romances, sendo considerado o primeiro escritor regionalista brasileiro. Sua obra mais conhecida “Pelo Sertão”,é uma coletânea de contos regionais relacionados com sua terra natal, Paracatu.Diplomata era cônsul do Brasil na Espanha, quando faleceu em 1916. Foi casado com Antonieta do Prado;
DR. AFRÂNIO DE MELLO FRANCO ( meu avô)
Belo Horizonte Minas Gerais 

- Afrânio Camorim Jacaúna de Otingi de Melo Franco (Paracatu, 25 de fevereiro de 1870 — Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 1943) foi um diplomata e político brasileiro. Formado na Faculdade de Direito de São Paulo em 1891, foi promotor público em municípios do interior de Minas Gerais e, posteriormente, entrou para a carreira diplomática, tendo sido designado, já em 1896, segundo secretário de legação na embaixada em Montevidéu (Uruguai). Seu segundo posto foi a capital belga, Bruxelas. Abandonou a carreira e em 1902 candidatou-se e foi eleito deputado estadual em Minas Gerais e, em 1906, deputado federal, tendo sido reeleito para vários mandatos até 1929. Foi ministro da Viação no governo Delfim Moreira e embaixador na Liga das Nações em Genebra, Suíça. Na Câmara dos Deputados foi atuante em comissões de assuntos internacionais e também foi um dos relatores do Código Civil Brasileiro. Em 1919, comandou a delegação do Brasil na primeira conferência internacional do Trabalho, realizada em Washington. Partidário da Revolução de 1930, foi ministro das Relações Exteriores, de 1930 a 1934, sucedendo a Otávio Mangabeira. 

- Virgilio de Mello Franco _UDN ,polemico e fazia acontecer
foto tirada dentro do atual 23º BPM -LEBLON na antiga residência a CHACRINHA ( meu avô e meu tio )

- AFONSO ARINOS de MELLO FRANCO  ,filho de Afrânio de Melo Franco e de Sílvia Alvim de Melo Franco e sobrinho do escritor Afonso Arinos ( meu tio e meu padrinho de batismo e crisma ). Casou-se com Ana Guilhermina Rodrigues Alves Pereira ( neta do Presidente Rodrigues Alves ), com quem teve dois filhos. Era irmão de Virgílio Alvim de Melo Franco.
Formou-se em 1927 na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro), começando a carreira como promotor de justiça da Comarca de Belo Horizonte. Viajou para Genebra, a fim de aperfeiçoar seus estudos. De retorno ao Brasil em 1936, iniciou a carreira de professor na antiga Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro ministrando aulas de História do Brasil. Atuou ainda como professor no exterior ministrando cursos de História Econômica do Brasil na Universidade de Montevidéu, 1938; curso na Sorbonne, em Paris, sobre cultura brasileira, em 1939 e cursos de literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Buenos Aires, em 1944.
Em 1946, foi nomeado professor de História do Brasil do Instituto Rio Branco, Instituto este responsável pela formação e aperfeiçoamento profissional dos diplomatas de carreira dogoverno brasileiro. Foi catedrático de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e na Universidade do Brasil.
[editar]Carreira política
A carreira política de Afonso Arinos começou em 1947, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais em três legislaturas (de 1947 a 1958). Foi líder da União Democrática Nacional até 1956, e depois líder do bloco da oposição ao Governo Kubitschek até 1958. Dois fatos, sobretudo, marcaram fortemente a sua presença na Câmara dos Deputados: a autoria da lei contra a discriminação racial, que tomou o seu nome (Lei n. 1.390, de 3 de julho de 1951) e o célebre discurso, pronunciado em 9 de agosto de 1954, pedindo a renúncia do Presidente Getúlio Vargas. Quinze dias depois o presidente suicidou-se no Palácio do Catete.
Em 1958, foi eleito senador pelo antigo Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro. Permaneceu no Senado até 1966, mas afastou-se duas vezes do cargo para assumir o Ministério das Relações Exteriores, no Governo Jânio Quadros, no qual implementou a Política Externa Independente (PEI) e no regime parlamentarista do primeiro-ministro Francisco Brochado da Rocha (1963).
Foi o primeiro chanceler brasileiro a visitar a África, estando no Senegal do então Presidente Leopold Senghor (1961). Chefiou a delegação do Brasil nas Nações Unidas, durante as Assembléias Gerais de 1961 e 1962. Foi embaixador extraordinário, participando do Concílio Vaticano II (1962), terminando com a Chefia da delegação brasileira à Conferência do Desarmamento, em Genebra (1963). É de sua autoria o capítulo sobre declaração de direitos que consta da Constituição de 1967.
Foi nomeado, pelo presidente José Sarney , presidente da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais (denominada Comissão Afonso Arinos), criada pelo Decreto n. 91.450 de 18.7.85, com o objetivo de preparar um anteprojeto que deveria servir de texto básico para a elaboração da nova Constituição. E, em 1986, aos 81 anos, elegeu-se senador pelo Partido da Frente Liberal. Foi membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, membro do Conselho Federal de Cultura (nomeado em1967, quando da sua criação, e reconduzido em 1973). Faleceu em pleno exercício do mandato de senador, em 1990. À época, encontrava-se filiado Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), por defender este, em seu programa partidário, a implantação do parlamentarismo no país.
[editar]Prêmios e títulos
Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro;
Intelectual do Ano em 1973 (Prêmio Juca Pato, da Sociedade Paulista de Escritores);
Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Clube do Brasil, pela sua biografia de Rodrigues Alves.
[editar]Prêmio Jabuti
Recebeu o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, quando da publicação de dois dos seus volumes de memórias: em 1969, por Planalto, e 1977, por Alto-mar maralto.
[editar] Academia Brasileira de Letras
Em 19 de julho de 1958 tomou posse da cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras, recebido pelo acadêmico Manuel Bandeira.

Na década de 1980, com a verve de sempre, Afonso Arinos volta às tribunas. Defendeu a redemocratização, apoiou a candidatura do conterrâneo Tancredo Neves à Presidência da República e se elegeu pelo PFL fluminense. Um dos destaques da Assembleia Nacional Constituinte, novamente cairia na boca do povo: com emocionado discurso, encaminhou o projeto que dá aos adolescentes o direito de votar. “A tradição do Brasil
não é 16 anos para eleitor, não; é 15 anos para o imperador! E ninguém foi mais prudente, ninguém foi mais acertado”, discursou, referindo-se a dom Pedro II. A moçada, nas galerias, fez uma festa para o velho senador.

- Carlos Lacerda ( Meu tio por parte de mãe ( Ilda Lacerda Moscoso de Mello Franco )
(Jornalista e político brasileiro)
30/4/1914, Rio de Janeiro 
21/5/1977, Rio de Janeiro 

Muito mais do que suas obras como primeiro governador do antigo Estado da Guanabara, muito mais do que seus textos ou discursos como proprietário de jornal e político, muito mais do que todas as suas realizações pessoais e profissionais, o jornalista Carlos Lacerda passou à história brasileira como o pivô do atentado que provocou o suicídio do presidente Getúlio Vargas, na manhã do dia 24 de agosto de 1954. 

Com a política no sangue (seu pai, Maurício Paiva de Lacerda, foi deputado federal; seu avô por parte de pai, Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda, foi ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas no governo do presidente Prudente de Morais), Carlos Frederico Werneck de Lacerda, embora registrado em Vassouras (RJ), nasceu no Rio de Janeiro, na época Distrito Federal, em 30 de abril de 1914, coincidentemente, no mesmo dia e ano em que viria ao mundo o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi. 

Iniciou a sua carreira profissional em 1929, escrevendo alguns artigos para o "Diário de Notícias", em uma seção dirigida por uma mulher que marcaria época na literatura brasileira -Cecília Meireles. Três anos mais tarde, durante o governo provisório comandado por Getúlio Vargas, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, mas não chegou a concluir o curso. Em seu livro "Depoimento", Lacerda justifica a decisão. "A advocacia era uma profissão muito estranha, porque os casos que me interessavam não davam dinheiro, e os casos que davam dinheiro não me interessavam". 

A intensa atividade política que marcaria a vida de Carlos Lacerda começou justamente quando estudava Direito. Neste período, aproximou-se dos ideais comunistas e da Ação Libertadora Nacional (ALN). Em 39, rompeu com essa ideologia e passou a escrever artigos anticomunistas. Na década de 40, mais precisamente em 1945, Carlos Lacerda assina a sua ficha de filiação à UDN (União Democrática Nacional), tornando-se vereador pelo Distrito Federal, dois anos mais tarde. 

Logo que assumiu o mandato, começou a fazer campanha em favor da completa autonomia do Distrito Federal, defendendo a eleição direta para prefeito -o cargo era uma prerrogativa do presidente da República, que nomeava o administrador. Ainda em 47, renuncia ao mandato de vereador, inconformado com a decisão do Senado, que retirou da Câmara Municipal o poder de examinar os vetos do prefeito. 

Em 49, Carlos Lacerda dá uma grande guinada em sua vida, ao fundar o jornal "Tribuna da Imprensa", diário que foi o principal porta-voz da oposição durante o segundo governo do presidente Getúlio Vargas (1951/54). Já casado, o jornalista liderou uma campanha contra o jornal "Última Hora", de Samuel Weiner, acusando-o de ter se beneficiado de um empréstimo fraudulento do Banco do Brasil para colocar o seu maquinário em funcionamento. 

A partir daí, os ataques diários ao governo do presidente Getúlio Vargas passaram a ser uma rotina na "Tribuna da Imprensa". Finalmente, no dia 5 de agosto de 1954, aconteceu o episódio que marcaria definitivamente Carlos Lacerda na história do Brasil e levaria o presidente Vargas à morte, provocando uma crise sem precedentes na vida republicana do país. 

Atentado 
Ao voltar de um comício realizado no Colégio São José, no Rio, o jornalista foi atingido por um tiro quando chegava à sua casa, localizada à rua Toneleros. O atentado, que deixou Lacerda ferido no pé, provocou a morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz, que dava proteção ao jornalista. No mesmo dia, ainda no Hospital Miguel Couto, para onde foi levado após ser baleado, Carlos Lacerda responsabilizou "elementos da alta esfera governamental" pelo crime.
Uma semana depois, Lacerda publicou um editorial na "Tribuna da Imprensa", pedindo a imediata renúncia do presidente Vargas. 

Isolado politicamente e percebendo que integrantes de sua guarda pessoal estavam envolvidos no atentado, Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no peito. A confirmação da morte do político gaúcho provocou um grande quebra-quebra em vários jornais do Rio e Carlos Lacerda foi obrigado a permanecer escondido por quatro dias. 

Em setembro de 54, um mês após a morte de Vargas, o jornalista pediu o adiamento das eleições, marcadas para o dia 3 de outubro. Carlos Lacerda temia que a comoção nacional levasse o partido do presidente (PTB) a dominar o cenário nacional. Mesmo sem alcançar sucesso em sua empreitada, Lacerda foi o deputado federal mais votado em seu partido. No dia 5 de dezembro de 60, acontece o auge de sua carreira política -o jornalista foi empossado como primeiro governador da Guanabara e inicia uma ampla reforma administrativa no Estado. 

No ano seguinte, as divergências entre o governador e o presidente Jânio Quadros, que ajudou a eleger, tornam-se explícitas. Em outubro de 61, já com Jânio Quadros fora do poder, o jornalista vendeu a "Tribuna da Imprensa" para Manuel Francisco do Nascimento Brito, alegando dificuldades financeiras. 

Após o golpe militar de 64, Carlos Lacerda viajou para a Europa e para os Estados Unidos para defender os ideais do novo regime, mas o seu apoio do governo do presidente Castelo Branco durou pouco. Em um artigo publicado na revista "Manchete", o jornalista informou que estava interessado em disputar a Presidência da República. "Entendo que a Revolução ou não tem programa, ou tem o meu programa, que não é só meu, porque é nosso, do povo", escreveu. No entanto, a suspensão das eleições diretas para a escolha do presidente da República colocou um ponto final nas pretensões de Carlos Lacerda. 

Com a instituição do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 68, o jornalista foi preso e teve os seus direitos políticos cassados por dez anos. Em seguida, voltou a trabalhar por pouco tempo como jornalista, antes de dedicar-se às atividades editoriais na "Nova Fronteira" e na "Nova Aguillar", empresas de sua propriedade. 

Carlos Lacerda, morto no dia 21 de maio de 1977, também trabalhou como tradutor e deixou uma obra que ajuda a compreender a sua participação na história política do Brasil _ "O Caminho da Liberdade" (57), "O Poder das Idéias" (63), "Brasil entre a Verdade e a Mentira" (65, "Paixão e Ciúme" (66), "Crítica e Autocrítica" (66), "A Casa do meu avô; pensamento, palavras e obras" (77), "Depoimento" (78) e "Discursos Parlamentares" (82), estes dois últimos editados após a sua morte.
BRASÍLIA - Polêmico. Este é o adjetivo mais utilizado e que geralmente acompanha o nome de Carlos Lacerda. E talvez a expressão “Não se fazem mais políticos como ele” seja a mais usada quando o assunto é o primeiro governador da Guanabara. Eloqüente, sagaz, intempestivo, passional, dono de uma oratória admirável, Lacerda foi o último dos grandes nomes da política brasileira capaz de inflamar paixões através de um discurso. O nariz aquilino, os olhos vivos e a voz que assustava os adversários – para ficarmos nas explicações mais leves – lhe valeram o apelido de “o Corvo”,

2 comentários:

  1. Conheço uma parte da família Mello Franco que é da região de Espírito Santo do Dourado/MG. Ah, minha melhor amiga e de infância é Mello Franco :)

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  2. Excelente e honroso "pedigree".
    Só faço ressalvas quanto aos antigetulistas.
    Proveniente da classe média da zona sul do Rio fui, por formação, lacerdista "desde pequenininho".
    Aos poucos, amadurecendo e adquirindo informação, fui aprendendo a compreender o Getúlio e sua importância na história e na formação do Brasil, no que ele tem de bom.
    Apesar de todas as idiossincrasias, foi um estadista, de fato.
    Está entre os brasileiros fundamentais, como D.Pedro I, os Andradas e o luso D. João VI.

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