terça-feira, 17 de abril de 2012

1817 a 2012 Os antepassados e a historia do Brasil .







“Dos velhos sangues provinciais herdei, com efeito, o duplo destino da política e das letras. Não o escolhi, senão que o encontrei aberto diante de mim” 2012.


- Dr. Manuel de Melo Franco meu trisavô  e quem eu acho muito parecido comigo ( Ana Amelia ), nascido em Paracatu a 31 de janeiro de 1812 e falecido a 03 de novembro de 1871 no Rio de Janeiro. Advogado, médico formado na Universidade de Montpellier, França, foi um dos líderes do Movimento Liberal em Minas gerais em 1842, deputado provincial e geral do Império.

- José Cesário de Faria Alvim(bisavô por avó paterna) :Nasceu no arraial de Pinheiro, distrito de Mariana, em 1839. Foi proprietário da Fazenda Liberdade em Ubá e grande produtor de café. Foi presidente da província do Rio de Janeiro durante a monarquia. Colaborou na construção da Matriz de São Januário em Ubá. Foi também advogado, economista, jornalista, deputado e senador. No final do século XIX aderiu ao Partido Republicano, tendo exercido dois mandatos como governador de Minas Gerais e ocupado o cargo de ministro do interior no governo de Deodoro da Fonseca. Responsável pela construção do Torreão, um dos bens imóveis tombados de Ubá. Faleceu em 1903.

- Tio Bisavo ,Afonso Arinos de Mello Franco advogado politico MG
10.7.1.1 – Afonso Arinos de Melo Franco, nascido em 1868, autor de vários contos e romances, sendo considerado o primeiro escritor regionalista brasileiro. Sua obra mais conhecida “Pelo Sertão”,é uma coletânea de contos regionais relacionados com sua terra natal, Paracatu.Diplomata era cônsul do Brasil na Espanha, quando faleceu em 1916. Foi casado com Antonieta do Prado;
DR. AFRÂNIO DE MELLO FRANCO ( meu avô)
Belo Horizonte Minas Gerais 

- Afrânio Camorim Jacaúna de Otingi de Melo Franco (Paracatu, 25 de fevereiro de 1870 — Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 1943) foi um diplomata e político brasileiro. Formado na Faculdade de Direito de São Paulo em 1891, foi promotor público em municípios do interior de Minas Gerais e, posteriormente, entrou para a carreira diplomática, tendo sido designado, já em 1896, segundo secretário de legação na embaixada em Montevidéu (Uruguai). Seu segundo posto foi a capital belga, Bruxelas. Abandonou a carreira e em 1902 candidatou-se e foi eleito deputado estadual em Minas Gerais e, em 1906, deputado federal, tendo sido reeleito para vários mandatos até 1929. Foi ministro da Viação no governo Delfim Moreira e embaixador na Liga das Nações em Genebra, Suíça. Na Câmara dos Deputados foi atuante em comissões de assuntos internacionais e também foi um dos relatores do Código Civil Brasileiro. Em 1919, comandou a delegação do Brasil na primeira conferência internacional do Trabalho, realizada em Washington. Partidário da Revolução de 1930, foi ministro das Relações Exteriores, de 1930 a 1934, sucedendo a Otávio Mangabeira. 

- Virgilio de Mello Franco _UDN ,polemico e fazia acontecer
foto tirada dentro do atual 23º BPM -LEBLON na antiga residência a CHACRINHA ( meu avô e meu tio )

- AFONSO ARINOS de MELLO FRANCO  ,filho de Afrânio de Melo Franco e de Sílvia Alvim de Melo Franco e sobrinho do escritor Afonso Arinos ( meu tio e meu padrinho de batismo e crisma ). Casou-se com Ana Guilhermina Rodrigues Alves Pereira ( neta do Presidente Rodrigues Alves ), com quem teve dois filhos. Era irmão de Virgílio Alvim de Melo Franco.
Formou-se em 1927 na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro), começando a carreira como promotor de justiça da Comarca de Belo Horizonte. Viajou para Genebra, a fim de aperfeiçoar seus estudos. De retorno ao Brasil em 1936, iniciou a carreira de professor na antiga Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro ministrando aulas de História do Brasil. Atuou ainda como professor no exterior ministrando cursos de História Econômica do Brasil na Universidade de Montevidéu, 1938; curso na Sorbonne, em Paris, sobre cultura brasileira, em 1939 e cursos de literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Buenos Aires, em 1944.
Em 1946, foi nomeado professor de História do Brasil do Instituto Rio Branco, Instituto este responsável pela formação e aperfeiçoamento profissional dos diplomatas de carreira dogoverno brasileiro. Foi catedrático de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e na Universidade do Brasil.
[editar]Carreira política
A carreira política de Afonso Arinos começou em 1947, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais em três legislaturas (de 1947 a 1958). Foi líder da União Democrática Nacional até 1956, e depois líder do bloco da oposição ao Governo Kubitschek até 1958. Dois fatos, sobretudo, marcaram fortemente a sua presença na Câmara dos Deputados: a autoria da lei contra a discriminação racial, que tomou o seu nome (Lei n. 1.390, de 3 de julho de 1951) e o célebre discurso, pronunciado em 9 de agosto de 1954, pedindo a renúncia do Presidente Getúlio Vargas. Quinze dias depois o presidente suicidou-se no Palácio do Catete.
Em 1958, foi eleito senador pelo antigo Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro. Permaneceu no Senado até 1966, mas afastou-se duas vezes do cargo para assumir o Ministério das Relações Exteriores, no Governo Jânio Quadros, no qual implementou a Política Externa Independente (PEI) e no regime parlamentarista do primeiro-ministro Francisco Brochado da Rocha (1963).
Foi o primeiro chanceler brasileiro a visitar a África, estando no Senegal do então Presidente Leopold Senghor (1961). Chefiou a delegação do Brasil nas Nações Unidas, durante as Assembléias Gerais de 1961 e 1962. Foi embaixador extraordinário, participando do Concílio Vaticano II (1962), terminando com a Chefia da delegação brasileira à Conferência do Desarmamento, em Genebra (1963). É de sua autoria o capítulo sobre declaração de direitos que consta da Constituição de 1967.
Foi nomeado, pelo presidente José Sarney , presidente da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais (denominada Comissão Afonso Arinos), criada pelo Decreto n. 91.450 de 18.7.85, com o objetivo de preparar um anteprojeto que deveria servir de texto básico para a elaboração da nova Constituição. E, em 1986, aos 81 anos, elegeu-se senador pelo Partido da Frente Liberal. Foi membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, membro do Conselho Federal de Cultura (nomeado em1967, quando da sua criação, e reconduzido em 1973). Faleceu em pleno exercício do mandato de senador, em 1990. À época, encontrava-se filiado Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), por defender este, em seu programa partidário, a implantação do parlamentarismo no país.
[editar]Prêmios e títulos
Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro;
Intelectual do Ano em 1973 (Prêmio Juca Pato, da Sociedade Paulista de Escritores);
Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Clube do Brasil, pela sua biografia de Rodrigues Alves.
[editar]Prêmio Jabuti
Recebeu o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, quando da publicação de dois dos seus volumes de memórias: em 1969, por Planalto, e 1977, por Alto-mar maralto.
[editar] Academia Brasileira de Letras
Em 19 de julho de 1958 tomou posse da cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras, recebido pelo acadêmico Manuel Bandeira.

Na década de 1980, com a verve de sempre, Afonso Arinos volta às tribunas. Defendeu a redemocratização, apoiou a candidatura do conterrâneo Tancredo Neves à Presidência da República e se elegeu pelo PFL fluminense. Um dos destaques da Assembleia Nacional Constituinte, novamente cairia na boca do povo: com emocionado discurso, encaminhou o projeto que dá aos adolescentes o direito de votar. “A tradição do Brasil
não é 16 anos para eleitor, não; é 15 anos para o imperador! E ninguém foi mais prudente, ninguém foi mais acertado”, discursou, referindo-se a dom Pedro II. A moçada, nas galerias, fez uma festa para o velho senador.

- Carlos Lacerda ( Meu tio por parte de mãe ( Ilda Lacerda Moscoso de Mello Franco )
(Jornalista e político brasileiro)
30/4/1914, Rio de Janeiro 
21/5/1977, Rio de Janeiro 

Muito mais do que suas obras como primeiro governador do antigo Estado da Guanabara, muito mais do que seus textos ou discursos como proprietário de jornal e político, muito mais do que todas as suas realizações pessoais e profissionais, o jornalista Carlos Lacerda passou à história brasileira como o pivô do atentado que provocou o suicídio do presidente Getúlio Vargas, na manhã do dia 24 de agosto de 1954. 

Com a política no sangue (seu pai, Maurício Paiva de Lacerda, foi deputado federal; seu avô por parte de pai, Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda, foi ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas no governo do presidente Prudente de Morais), Carlos Frederico Werneck de Lacerda, embora registrado em Vassouras (RJ), nasceu no Rio de Janeiro, na época Distrito Federal, em 30 de abril de 1914, coincidentemente, no mesmo dia e ano em que viria ao mundo o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi. 

Iniciou a sua carreira profissional em 1929, escrevendo alguns artigos para o "Diário de Notícias", em uma seção dirigida por uma mulher que marcaria época na literatura brasileira -Cecília Meireles. Três anos mais tarde, durante o governo provisório comandado por Getúlio Vargas, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, mas não chegou a concluir o curso. Em seu livro "Depoimento", Lacerda justifica a decisão. "A advocacia era uma profissão muito estranha, porque os casos que me interessavam não davam dinheiro, e os casos que davam dinheiro não me interessavam". 

A intensa atividade política que marcaria a vida de Carlos Lacerda começou justamente quando estudava Direito. Neste período, aproximou-se dos ideais comunistas e da Ação Libertadora Nacional (ALN). Em 39, rompeu com essa ideologia e passou a escrever artigos anticomunistas. Na década de 40, mais precisamente em 1945, Carlos Lacerda assina a sua ficha de filiação à UDN (União Democrática Nacional), tornando-se vereador pelo Distrito Federal, dois anos mais tarde. 

Logo que assumiu o mandato, começou a fazer campanha em favor da completa autonomia do Distrito Federal, defendendo a eleição direta para prefeito -o cargo era uma prerrogativa do presidente da República, que nomeava o administrador. Ainda em 47, renuncia ao mandato de vereador, inconformado com a decisão do Senado, que retirou da Câmara Municipal o poder de examinar os vetos do prefeito. 

Em 49, Carlos Lacerda dá uma grande guinada em sua vida, ao fundar o jornal "Tribuna da Imprensa", diário que foi o principal porta-voz da oposição durante o segundo governo do presidente Getúlio Vargas (1951/54). Já casado, o jornalista liderou uma campanha contra o jornal "Última Hora", de Samuel Weiner, acusando-o de ter se beneficiado de um empréstimo fraudulento do Banco do Brasil para colocar o seu maquinário em funcionamento. 

A partir daí, os ataques diários ao governo do presidente Getúlio Vargas passaram a ser uma rotina na "Tribuna da Imprensa". Finalmente, no dia 5 de agosto de 1954, aconteceu o episódio que marcaria definitivamente Carlos Lacerda na história do Brasil e levaria o presidente Vargas à morte, provocando uma crise sem precedentes na vida republicana do país. 

Atentado 
Ao voltar de um comício realizado no Colégio São José, no Rio, o jornalista foi atingido por um tiro quando chegava à sua casa, localizada à rua Toneleros. O atentado, que deixou Lacerda ferido no pé, provocou a morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz, que dava proteção ao jornalista. No mesmo dia, ainda no Hospital Miguel Couto, para onde foi levado após ser baleado, Carlos Lacerda responsabilizou "elementos da alta esfera governamental" pelo crime.
Uma semana depois, Lacerda publicou um editorial na "Tribuna da Imprensa", pedindo a imediata renúncia do presidente Vargas. 

Isolado politicamente e percebendo que integrantes de sua guarda pessoal estavam envolvidos no atentado, Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no peito. A confirmação da morte do político gaúcho provocou um grande quebra-quebra em vários jornais do Rio e Carlos Lacerda foi obrigado a permanecer escondido por quatro dias. 

Em setembro de 54, um mês após a morte de Vargas, o jornalista pediu o adiamento das eleições, marcadas para o dia 3 de outubro. Carlos Lacerda temia que a comoção nacional levasse o partido do presidente (PTB) a dominar o cenário nacional. Mesmo sem alcançar sucesso em sua empreitada, Lacerda foi o deputado federal mais votado em seu partido. No dia 5 de dezembro de 60, acontece o auge de sua carreira política -o jornalista foi empossado como primeiro governador da Guanabara e inicia uma ampla reforma administrativa no Estado. 

No ano seguinte, as divergências entre o governador e o presidente Jânio Quadros, que ajudou a eleger, tornam-se explícitas. Em outubro de 61, já com Jânio Quadros fora do poder, o jornalista vendeu a "Tribuna da Imprensa" para Manuel Francisco do Nascimento Brito, alegando dificuldades financeiras. 

Após o golpe militar de 64, Carlos Lacerda viajou para a Europa e para os Estados Unidos para defender os ideais do novo regime, mas o seu apoio do governo do presidente Castelo Branco durou pouco. Em um artigo publicado na revista "Manchete", o jornalista informou que estava interessado em disputar a Presidência da República. "Entendo que a Revolução ou não tem programa, ou tem o meu programa, que não é só meu, porque é nosso, do povo", escreveu. No entanto, a suspensão das eleições diretas para a escolha do presidente da República colocou um ponto final nas pretensões de Carlos Lacerda. 

Com a instituição do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 68, o jornalista foi preso e teve os seus direitos políticos cassados por dez anos. Em seguida, voltou a trabalhar por pouco tempo como jornalista, antes de dedicar-se às atividades editoriais na "Nova Fronteira" e na "Nova Aguillar", empresas de sua propriedade. 

Carlos Lacerda, morto no dia 21 de maio de 1977, também trabalhou como tradutor e deixou uma obra que ajuda a compreender a sua participação na história política do Brasil _ "O Caminho da Liberdade" (57), "O Poder das Idéias" (63), "Brasil entre a Verdade e a Mentira" (65, "Paixão e Ciúme" (66), "Crítica e Autocrítica" (66), "A Casa do meu avô; pensamento, palavras e obras" (77), "Depoimento" (78) e "Discursos Parlamentares" (82), estes dois últimos editados após a sua morte.
BRASÍLIA - Polêmico. Este é o adjetivo mais utilizado e que geralmente acompanha o nome de Carlos Lacerda. E talvez a expressão “Não se fazem mais políticos como ele” seja a mais usada quando o assunto é o primeiro governador da Guanabara. Eloqüente, sagaz, intempestivo, passional, dono de uma oratória admirável, Lacerda foi o último dos grandes nomes da política brasileira capaz de inflamar paixões através de um discurso. O nariz aquilino, os olhos vivos e a voz que assustava os adversários – para ficarmos nas explicações mais leves – lhe valeram o apelido de “o Corvo”,

Tio Afonso ,FHC e Papai







Tio Afonso Arinos era meu padrinho de batismo é morava muito perto de nossa casa em Botafogo ,ia sempre lá ,passava as tardes com ele e tia Aná ,la na casa dele pude ver inúmeros políticos que la iam para conversar com ele ,pedir conselhos ,ja conhecia da casa de Tia Maria do Carmo em Petrópolis na Rua Ipiranga Fernando Henrique Cardoso ,quando ele ainda era professor ,na casa de Tio Afonso era outra coisa lá era a politica pura , simpática cordial ,la iam generais , políticos e escritores ,tinha uma grande biblioteca ,adora ficar la no girau lendo os livros e vendo la em baixo as conversar sobre o Brasil ,chá bolinhos e biscoitinhos em bandeja de prata e paninho branco ,com chiçaras com florzinhas coloridas ,mas paulista impossível ,tia Aná era de família paulista tio Afonso e papai mais mineiros impossível ,acho que o mineiro quando sai de Minas Gerais é quando fica mais mineiro do que nunca.  

Ditadura anos obscuros







De volta a ditadura ; morávamos em Botafogo ,uma noite chegando do colégio ,meu pai estava conversando com minha mãe e o telefone não parava de tocar ,meu pai foi até o telefone e simplesmente arrancou da parede as nossas malas já estavam todas na escada e Chiquinho nosso motorista arrumando o carro ,de uniforme e tudo com o cachorro no colo ,fomos imediatamente para a fazenda ,a dois dias minha irmã havia sido mandada para Londres .Subimos a serra a noite em comboio com o carro que Chiquinho dirigia ,lá vivemos anos :Foram épocas  muito obscuras ,como papai tinha muitos amigos escritores Odilo Costa filho Jorge Amado ( a filha dele Paloma e casada com o filho de Dr.Odilo) e tio Afonso político tinham muitos amigos juristas , políticos escritores foi uma época muito soturna ,grande parte da família foi para a Europa para as casas da família la ,minha irmã se meteu na passeata dos estudantes  e foi mandada imediatamente para Londres tinha um tio embaixador la  e fomos a noite com a roupa do corpo para fazenda não conseguiram passaporte para mim ,e antes dois dias tinha ido com minha baba na Cinelândia perto da Rio Branco escritório de advocacia da família foi o dia do ataque aos estudante com cavalos e tudo uma batalha ficamos escondidas no municipal um horror e ai fomos para fazenda ,papi recebeu muita gente la parecia acampamento todos esses intelectuais e alguns políticos ,ainda não tinha luz la era lampião geladeira de gás ,foi uma época fantástica muitos amigos letrados conversas intermináveis nas varandas ,mas também soturna ,tivemos o dops la chegou de fusquinha levaram papi tio Afonso foi la tirar junto do dono do jornal do Brasil primo da mamãe e aconteceu muita coisa mas na verdade pouco vi fora o dops sobre os militarem era muito mais essa turma muito piores que os milicianos miliciano ajuda esses comunidades pobres aquilo la ,vi gente ser operada na mesa de jantar pelo veterinário de tiro e pai foi tirar umas pessoas numa casa terrível em Petrópolis e voltou com tiros na perna quando chegou tinha um sujeito na sala ele recebeu o sujeito e ele ia andando e o sapato enchendo de sangue fazendo um barulho e pingando tipo uma tinta preta no chão so depois soube q era sangue caiu duro depois q o homem foi embora e operaram sentado na cadeira do quarto .Foi um tempo diferente dava para escutar o carro chegando La de longe ,andávamos muito a cavalo ,La aprendi a atirar e papi  fazia um teste ele chamava o teste do medo ,era ir a noite sozinha andando pela estrada que tinha um cristo ( na verdade a estrada principal da fazenda que sempre ficava fechada ,era longe a noite ,ele amarrava um lenço na porteira e tinha que ir La buscar ,detalhe sem lanterna ,fiz isso muitas vezes ,aprendi a deixar os olhos se acostumarem com o escuro ,olhar para o chão poucos sabem ,mas a terra brilha a noite ,andar sem fazer barulho rouba branca reflete não e bom ,preto sim ou cor escura ,foi um grande aprendizado aquela época . Quando minha irmã voltou de Londres ainda estávamos La na fazenda ,fazíamos sempre cavalgadas a noite so na luz da lua e olhando o chão ,ficava absurda mente claro ,ainda era luz de lampião a gás e velas e querosene ,lamparininhas nas varandas e incrível como a luz branca te deixa sego no escuro ,o ferro de passar era a carvão tinha que soprar atrás para dar brasa ,Luisa passava a roupa e dava um cheiro ótimo ,para tomar banho quente ,a água era esquentada através do fogão de lenha ou colocava chaleiras na banheira para ficar mas quente em junho julho a temperatura baixava tinha salamandra nos quartos a comida sempre quentinha no fogão de lenha ,foi uma grande época .Mamãe desenhava a nossa sombra na luz de vela numa parede da varanda ,tínhamos centenas de cachorros de todos os nomes até um que subia na escada de tintos ate o telhado e ficava andando por La ,atrás de Toninho enquanto ele arrumava as telhas ,tínhamos um grande salão que papai construiu todo de madeira e com varias estantes com livros fantásticos ,com a sobra fizeram para mim uma casa de bonecas grande quase um chalé com cama e dava para dormir La ,tinha umas telhas de vidro e ficávamos colocando lanterna ,para os morcegos ,tinha muito figo atrás da casa ,geléias ótimas que Lilica fazia .

São Paulo



São Paulo , estudando e trabalhando no cerimonial da Fenasoft e posteriormente terceirizada ,no cerimonial de Mario Covas ,uma bagagem imensa ,tanto no jurídico como para vida.  

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Amazonas ,bio diversidade ameaçada

Na volta de New York ,resolvi conhecer o Brasil  profundamente ,  Amazonas ,Belem ,Marajo ,Maranhão ,Ceara, Pernambuco ,Minas Gerais que não ia desde a infância,Goias ,Santa Catarina ,Parana ,Bahia e seu litoral .
Mas a mais fascinante foi a ida com o Tunan barco de apoio de Jacques Cousteau ,levar remédios e suprimentos para as cidades ribeirinhas ate as anavi-lhanas ilhas do amazonas e a ida a Tocantins no mesmo espirito , Brasil é realmente a terra do futuro ,já conhecia da casa de meus pais o Orlando Villas Boas .  

New York ,Fundação Brasileira da Cultura















Anos 90 ,fui para New York estudar e trabalhar na Fundação Brasileira da Cultura , Av.Park nº 100 por 2 anos com Dona Isa Chateaubriant Sesller ( sobrinha de Assis Chateaubriant ,dono dos diários associados SP ) e David Rockefeller ,estudava e trabalhava já na areá jurídica e montava eventos la, montamos a exposição dos 500 anos do Brasil que posteriormente rodou o mundo ,morava na Charles Street  (Sorro) dividia um apartamento com uma amiga e o primo dela ,grandes amigos ate hoje ,foi uma época de muito aprendizado ,depois, eles estavam montando uma loja la em NY e eu numa historia muito diferente ,trabalhando e tendo muitas aulas , horários diferentes ,resolvi ,me mudar para um pensionato de moças ,Caterin House ,desde 1800 para moças com apresentação muito fechado , lindíssimo num prédio de 3 andares midtown ,ia a pé para o trabalho ou de bicicleta ,levamos espetáculos para NY ,Caetano Veloso e muitos outros ,tive alguns cursos com Dona Lisa Palmer do American departement da Christie´s .  


Marrocos e as mil e 01 anoites

Final dos anos 80 :tinha uma firma de decoração com uma amiga Carlinha e minha mãe e paralelo a isso ,tinha uma participação numa empresa que trazia grandes espetáculos para o Brasil operas ,orquestras sinfônicas os anos de glamour .
Viajamos nos os sócios para ver operas fora do Brasil em New York ,Europa .






Mas tudo começou no Marrocos ,precisamente no La Mamounia ,Natal e Passagem do ano , estávamos todos lá ,para passar o Natal ,o Marrocos e fantástico ,adorei o hotel é realmente um dos mais espetaculares do mundo a antiga residencia do Rei , visitamos todo o Marrocos ,alto atlas , Fés ,Mekenes a coudelaria do rei Assan ,cavalos árabes lindíssimos e fomos fazer uma excursão no alto atlas ,acabamos dormindo numa tribo nômade os Berberes os homens azuis e foi la dormindo ao relento com o céu absolutamente estrelado na beira da fogueira que tivemos a ideia de transpor tudo que víamos e ja tínhamos visto ,para espetáculos no Brasil a noite no deserto é absolutamente fantástica ,são as mil e uma noites literalmente .
Foi assim , estávamos no La Mamounia eu tinha recebido um convite para assistir um leilão de cavalos em Meckenes na coudelaria do rei Assan , ninguém quis ir preferiram voltar a praça de Marraquexe ,chamei um guia aluguei um carro e fui ,chagando lá fui recebida por um garoto ,vi vários cavalos amarrados lindos dificel saber qual mais espetacular ,mas perto de uma tenda ,cheia de marroquinos ,tinha um que era algo de simplesmente fenomenal ,preto grande perfeito ,com uma cabeçada toda bordada lindíssima e so com um paninho no lugar da sela ,fiquei fascinada e fui ate lá e quis experimentar o bicho o garoto ficou todo atrapalhado e realmente não entendi meia palavra do que me dizia ,afinal era um leilão de cavalos ou não ? desamarrei o bicho e dei um repasso ,nunca tinha visto um cavalo igual era fantástico e me empolguei e la fui dar uma volta maior e o gato maluco correndo atras ,na volta ,fui ate a tenda e disse quero esse aqui ,todo mundo ficou me olhando mudo ,repeti quero ficar com esse aqui ,ai veio um marroquino alto meio vestido de guerrilheiro ,de roupa árabe mas com um cinto de balas de fúsil ,falava um francês fluente e me disse esse não estava a venda é meu e me levou para conhecer o resto dos animais ,vi o leilão na tenda da família dele ,me contou que tinha estudado em Londres ,morava parte do ano em New York e o resto no Marrocos , agradeci e me convidou para ir visita lo no alto atlas no acampamento dele que passava la parte do ano na fronteira do Marrocos ,com meus amigos que estavam comigo e fui ,dois dias apos,depois de uma viagem de horas de carro ,subindo o alto atlas a montanha mais alta do Marrocos ,em Ouarzazate a cidade que é a porta do deserto ,fomos recebidos por um grupo de beduínos e nos acompanharam para o acampamento ,nada do que pode se esperar de um acampamento militar ,nada disso ,absolutamente fantástico tendas lindas realmente das mil e uma noites ,la jantamos em volta da fogueira ,ficamos 3 noites ,pude ter a experiencia de andar a cavalo no deserto e ver o por do sol ,algo para se levar a vida toda .Voltamos para o La Mamounia ,na manhã seguinte big surpresa estava almoçando quando o mensageiro vei me avisar que o Filho do rei Assan tinha mandado uma encomenda para mim ? quem ? o filho do rei Assan e la estava minha linda encomenda relinchando todo enfeitado no meio do hotel ,minha moedinha nº 01 Ibin Shaylan veio para o Brasil de avião Luftansa e fiz uma grande amizade que durou anos . E com isso chegando ao Brasil resolvemos fazer uma firma a ipanema 2000 de espetáculos no Municipal ,foram varias operas ,O Trovador ,La Boeme ,Os três Tenores ,Carmem ,Gabriela,Aida ( que trouxemos do Egito ,tinhamos visto no templo de Luxor ) e muitas outras .